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O Correio Braziliense publicou artigo assinado por Paulo Solmucci que ele critica as novas regras impostas pelo governo federal ao saque-aniversário do FGTS. Para Solmucci, as mudanças que limitam a antecipação a R$ 2.500 por ano e impõem intervalo mínimo de 90 dias para liberação representam um retrocesso na liberdade financeira dos trabalhadores, especialmente os de baixa renda, que são os principais usuários da modalidade.

Solmucci destaca que o saque-aniversário se consolidou como uma alternativa segura para reorganização financeira, usada majoritariamente para quitar dívidas. Ele afirma que restringir essa opção empurra milhões para linhas de crédito muito mais caras, como cartão de crédito e cheque especial, com juros que chegam a ultrapassar 10% ao mês, enquanto a antecipação do FGTS tem taxa de 1,79% ao mês.

Segundo o presidente da Abrasel, a medida também afeta a economia real. Ao dificultar o acesso ao próprio dinheiro, o governo reduz o poder de consumo em setores como comércio, serviços e alimentação fora do lar, que dependem diretamente dessa circulação de recursos.

Ele ainda aponta incoerências na política econômica: ao mesmo tempo em que amplia a isenção do IR para proteger os mais vulneráveis, o governo restringe uma ferramenta que justamente ajuda essa população a evitar o endividamento.

Solmucci conclui que, em vez de limitar, o governo deveria aprimorar o saque-aniversário e corrigir distorções já existentes, como a perda do direito ao saque integral em caso de demissão.

Leia o artigo completo no Correio Braziliense

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